Passar pelo menos quatro anos no seminário teológico para ser consagrado ao ministério pastoral é o mesmo que passar por um deserto.
Estou terminando meu terceiro ano. Já vivi muito deste deserto. Vi e vejo amigos desistirem de suas vocações. Colegas desistirem da fé. Irmãos continuarem, mas não com o mesmo ânimo.
Alguns chegam aqui e deixam de ler a bíblia como lia, deixam de orar como oravam e infelizmente passam a depender mais, em seus ministérios, de suas próprias habilidades do que de Deus.
E continuo lendo a Bíblia, e a leio ainda mais do que já lia. Continuo orando e confio em Deus tanto quanto já confiava.
Mas por que eu continuo lendo a Bíblia e orando?
Simplesmente porque foi lendo a Bíblia e orando que fui trazido para cá.
Se foi por outro motivo que você veio parar aqui eu o respeito, mas esta foi e é a minha experiência pessoal.
O seminário é sim um deserto nosso nos dias de hoje e como Jesus precisamos, no deserto, não abrir mão daquilo que desde antes de chegarmos nele compunha nosso conjunto de princípios.
Que seja nossa oração:
Senhor ajuda-me a permanecer firme nos princípio pelos quais me trouxeram até aqui. E como o salmista falou "Faz-me saber teus caminhos, ensina-me tuas veredas" (Salmo 25.4)
Que sejam nossas atitudes:
Refletir aquilo que nos levou até onde estamos e registrar em algum lugar aquilo que faz parte de nossos princípios, para que nos dias de desertos possamos nos relembrar.
Fonte: Meditações diárias de Roosevelt Arantes da Silva
Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2010
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